Em março de 2019, um acidente trágico ocorreu com o voo 302 da Ethiopian Airlines, que caiu pouco depois de decolar, matando todos os 157 passageiros e tripulantes a bordo. O avião envolvido neste acidente foi um Boeing 737 Max, modelo que estava sendo apontado como a causa de um acidente semelhante da Lion Air, da Indonésia, apenas cinco meses antes. A coincidência destes dois acidentes levou a uma ampla investigação sobre a segurança dos modelos 737 Max da Boeing, resultando em uma suspensão mundial de suas operações.

A investigação das causas do acidente do voo 302 está em andamento. No entanto, evidências preliminares sugerem que a causa pode ter sido algum tipo de falha no sistema de controle automático de voo chamado MCAS (Sistema de Aumento de Características de Manobra), que foi projetado para corrigir a estabilidade em situações de alta velocidade. Algumas análises do acidente sugeriram que um sensor defeituoso no MCAS pode ter causado uma mudança inesperada na inclinação do nariz do avião, levando à perda de controle e à queda.

Após o acidente, a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos e outras agências reguladoras ao redor do mundo ordenaram a suspensão das operações do Boeing 737 Max. A Boeing também suspendeu temporariamente a produção desses modelos em resposta à queda na demanda. Desde então, a empresa tem trabalhado em estreita colaboração com as autoridades regulatórias para resolver as questões de segurança.

Em janeiro de 2020, a Boeing divulgou uma declaração afirmando que havia concluído a atualização do software MCAS e estava pronta para submetê-lo a um teste de certificação. A empresa também anunciou que realizaria um treinamento adicional obrigatório para os pilotos antes de permitir que o 737 Max voltasse a voar. Mesmo assim, até o momento, ainda não há previsão para quando a suspensão das operações será suspensa.

O acidente do Boeing 737 Max da Ethiopian Airlines foi uma tragédia que deixou muitas famílias enlutadas e abalou a confiança na segurança da aviação comercial. Embora as investigações ainda estejam em andamento, espera-se que medidas rigorosas sejam tomadas para garantir que acidentes como este não aconteçam novamente. A segurança é uma prioridade fundamental, e todas as partes envolvidas - da Boeing aos reguladores governamentais - devem trabalhar juntas para garantir que todos os aviões comerciais sejam seguros e confiáveis.